👨💻 Esta matéria trata de estudos e relatos sobre descobertas sinistras e macabra na Polônia. Enterros com rituais, com cadeados e o medo dos mortos-vivos no século XVII.
O que foi descoberto?
Arqueólogos da Universidade Nicolau Copérnico em Toruń, Polônia, revelaram descobertas assustadoras em um cemitério do século XVII na vila de Pień:
- Uma jovem enterrada com uma foice no pescoço e um cadeado triangular preso ao dedo do pé. Essas medidas eram proteção contra possíveis "retornos dos mortos" (vampiros), segundo as crenças da época.
- Uma criança de aproximadamente 5 a 7 anos, enterrada de bruços com um cadeado de ferro no tornozelo, na tentativa de impedi-la de se levantar da sepultura, um suposto ritual contra o que chamavam de "criança vampira".
Esses sepultamentos ocorriam em um espaço (cemitério) destinado aos chamados "rejeitados", pessoas consideradas espiritualmente perigosas, heréticas, desviantes ou sobrenaturais. Pessoas proibidas até de viver suas vidas em paz.
Quem era Zosia?
Uma jovem de 18 anos, que os arqueólogos a batizaram com o nome de Zosia. Sua história ressoa fortemente por causa de um detalhe perturbador:
Ela sofria de um hemangioma (tumor no esterno), que provavelmente causava deformidades visíveis em seu peito. Isso pode ter despertado medo na comunidade local e justificado, aos olhos da época, um sepultamento protetor e cruel.
Seu rosto foi reconstruído com técnicas de modelagem forense 3D, revelando uma figura jovem, com traços melancólicos, envolta em silêncio ancestral.
🧑🔬 A descoberta e os estudos foram conduzidos por:
- Prof. Dariusz Poliński e sua equipe da Universidade Nicolau Copérnico,
- Pesquisadores da Universidade de Uppsala (Suécia), especializados em análise de DNA antigo,
- E a reconstrução facial, feita pelo artista forense sueco Oscar Nilsson.
💻 O artigo ganhou repercussão internacional em veículos de comunicação como:
- Research in Poland
- Archaeology Magazine
- All That’s Interesting
- The Independent
🩻 Os supostos vampiros e suas características começaram a ser identificados na década de 1720 pelas autoridades austríacas dos Habsburgos, atualmente no norte da Sérvia.
🙋♂️Quando enterram com cadeados, não é o corpo que temem... é o que a alma ainda consegue gritar.
Embora o caso Pień tenha se destacado por práticas ligadas ao medo do vampirismo, a exclusão funerária de pessoas "rejeitadas" também ecoa em outras partes do mundo e, por mais triste que pareça, elas foram enterradas como pessoas "rejeitadas", devido à cor da pele.
O Brasil é um exemplo, com uma história também marcada por cemitérios de exclusão simbólica, como o Cemitério dos Pretos Novos (RJ) e o Cemitério dos Aflitos (SP), onde escravos, indígenas e condenados eram enterrados separadamente, sem direito aos rituais de suas crenças e sem lápides.
🙋♂️ Crenças diferentes, mas o mesmo gesto ancestral, onde, infelizmente, não só o corpo é enterrado, mas também a memória. Em todas as terras onde existe exclusão, a discriminação ainda ecoa no subsolo daqueles enterrados como "rejeitados", que não têm mais voz.
É isso aí, Meckianos!👍









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