👨💻 No coração esquecido do Brasil, entre montanhas silenciosas cobertas por mato alto e florestas úmidas, existe um vilarejo chamado Pedra Fria, que praticamente poucos mapas registram, e menos ainda se ouve falar dele.
Pedra Fria é um vilarejo que não vive, simplesmente resiste. A vida lá é lenta e silenciosa, mas não serena. As janelas fecham-se antes do pôr do sol, não por medo da noite, mas por respeito ao que nela desperta.
Quem conhece o vilarejo sabe que ali existe um lugar que nem o silêncio ousa visitar: um lugar milenar chamado O Casebre do Cemitério Silencioso.
Todos sabem que aquela construção antiga fica a pouco mais de quatro quilômetros da praça principal, mas ninguém se atreve a passar por ali.
Os moradores raramente conversam com estranhos, e se alguém perguntar sobre o casebre e o cemitério, a resposta é sempre a mesma: um silêncio pesado e um olhar de advertência que diz: "Não fale. Não vá. Não escute."
O casebre, aninhado contra o muro de pedra, é conhecido como "A Casa das Portas Escuras".
Uma história diz que à noite as portas escuras se abrem sozinhas e vozes vêm de dentro, chamando nomes que ninguém quer ouvir.
👣 O começo deste caso:
Numa cidade grande e barulhenta, que fica muito longe do vilarejo Pedra Fria, cinco investigadores paranormais (Antônio, Eduardo, Sônia, Silvia e Bruno) ficaram sabendo da lenda.
Não foi por meio de um vídeo ou de uma reportagem sensacionalista, mas sim por algo muito mais discreto: um pequeno artigo de jornal amarelado que Antônio encontrou em uma loja de livros usados, escrito em letras desbotadas, mencionando um vilarejo onde "portas se abrem sozinhas" e "os vivos não voltam os mesmos". A manchete, impressa em letras pequenas, dizia: "Vilarejo em pânico teme casebre e antigo cemitério".
Também mencionava que o local havia sido evitado por gerações, após "acontecimentos trágicos" que ninguém se dispôs a explicar.
Não havia fotos, apenas uma ilustração antiga e desbotada mostrando o portão do cemitério aberto e, ao fundo, colado no muro, um casebre.
Antônio, ao ler, mostrou ao grupo, e ao lerem sobre o vilarejo de Pedra Fria, viram ali uma oportunidade perfeita, pois não eram aventureiros comuns, eram um grupo especializado, e como tinham um canal dedicado à investigação de lugares mal-assombrados e lendas urbanas, acreditavam que seria um episódio amplamente divulgado, talvez o mais impactante de todos.
📼 Registros das filmagens, até o desfecho:
Uma semana depois, o carro velho já subia a estrada de terra em direção ao vilarejo Pedra Fria. A lua, pálida e solitária, parecia segui-los, e o vento frio parecia penetrar na lataria do carro.
Nenhum deles sabia... mas os moradores, que os viram passar, fecharam as cortinas e se trancaram dentro de suas casas, como se já soubessem o final da história.
A estrada de terra parecia interminável. O carro chacoalhava a cada buraco, e as árvores retorcidas ao longo das laterais projetavam sombras que lembravam garras que poderiam a qualquer momento atacar quem passasse.
O vento forte e frio assobiava entre os galhos, e às vezes o som parecia formar palavras incompreensíveis.
Bruno, ao volante, tentou parecer despreocupado e fez algumas piadas. Sônia, no banco do passageiro, olhava pela janela, observando a escuridão entre as árvores e se perguntando por que os moradores se recusavam a ir com eles. Antônio, no banco de trás, filmava a paisagem e estava animado com o vídeo, pois o medo dos moradores poderia trazer muitas visualizações. Eduardo, ouvindo música com fones de ouvido, e Silvia, com uma expressão preocupada.
Quando o carro parou, a cena diante deles era sufocante: o casebre, meio escondido pela neblina, erguia-se como uma sombra sólida. O cemitério abandonado, murado por pedras cobertas de musgo e mato, estendia-se até onde a neblina alcançava. O portão de ferro estava entreaberto e rangia... sozinho.
Logo, um longo uivo ecoou por algumas árvores; não parecia um animal... e também não parecia um humano. Eles se entreolharam, mas não, mas não deram muita importância, ou pelo menos não queriam parecer assustados.
O grupo caminhou até a porta do casebre. A madeira velha gemeu alto quando Eduardo empurrou, e um ar gelado escapou lá de dentro, trazendo um cheiro de mofo e terra molhada.
O interior era escuro, mesmo com lampiões e lanternas acesos. Móveis antigos estavam cobertos por lençóis empoeirados, e as paredes descascadas revelavam madeira escurecida pela umidade.
No fundo, duas portas enormes se destacavam: de madeira escura, com trincos enferrujados e marcas profundas, como se algo tivesse arranhado por dentro.
Bruno filmava tudo o que acontecia com o grupo, e Antônio, com uma câmera, filmava as portas escuras, e ele foi caminhando em direção delas...
Então, uma das portas moveu-se lentamente, rangendo. Nenhum deles tocou nela.
Antônio ainda filmando, puxou o trinco. A porta se abriu apenas alguns centímetros, revelando uma escuridão tão densa que parecia absorver toda a luz das lanternas e dos lampiões.
De dentro, vinha um som abafado... como centenas de vozes sussurrando ao mesmo tempo, sem que uma única palavra fosse compreendida.
Então Antônio passou pela porta, desaparecendo nas sombras. A porta se fechou sozinha com um
estrondo. Todos correram até ela, chutaram, puxaram, mas a porta não se moveu.
Do outro lado, algo pesado caiu no chão. Depois, silêncio absoluto.
Sílvia, assustada, olhou pela janela e começou a filmar, e entre as lápides, uma figura alta, magra demais para ser humana, movia-se lentamente. A figura parou e se virou para ela. Os "olhos" não eram olhos… eram duas fendas brilhantes. Ela alertou que tinha alguém lá fora.
O portão do cemitério se fechou com força, embora não houvesse mais vento. Dentro do casebre, as lanternas começaram a piscar e um estranho ruido tomou conta do Spirit Box. E em meio aos ruídos, vozes distorcidas emergiram, proferindo palavras que pareciam vir de todos os lugares.
Então todos correram para a porta da frente. Quando abriram… não havia estrada; o cemitério se estendia em todas as direções, como se o casebre tivesse sido engolido por ele.
Eduardo correu para dentro do corredor. Sônia tentou segui-lo, mas algo agarrou seu pé com força e a puxou para a escuridão. Seu grito foi abafado pelas vozes profundas que pareciam entoar um cântico.
Na manhã do dia seguinte, o carro do grupo foi encontrado por um dos poucos moradores que ainda ousava sair logo cedo; o carro estava estacionado na estrada de terra do vilarejo, com a porta aberta e o motor frio. Então o morador chamou a polícia.
Foi então que as autoridades policiais recolheram todos os equipamentos, incluindo câmeras, gravadores, celulares, etc.
As gravações mostravam o grupo explorando o casebre, as portas negras se movendo sozinhas, e vultos surgindo entre as lápides.
Em determinado momento, Antônio e Sônia são vistos sendo puxados por sombras escuras, que se estendem como braços feitos de fumaça e escuridão.
As vozes nos áudios são distorcidas, profundas, como se viessem debaixo da terra ou de todos os lugares.
E o último trecho mostra o corredor que não existia antes, se abrindo… e Eduardo correndo para dentro dele, seguido por gritos e ruídos.
No final, apenas Bruno e Sílvia foram encontrados. Mas eles não pareciam estar vivos. Pareciam... vazios.
⨀ Relatório Final:
A investigação permanece em curso, sendo tratada como caso de desaparecimento. Não há evidências concretas que justifiquem qualquer interpretação fora dos parâmetros convencionais. O local foi isolado para perícia, e os dois indivíduos (um homem e uma mulher) foram encaminhados para avaliação médica.
Classificação preliminar: Desaparecimentos de três pessoas em área rural isolada.
Encaminhamentos: Aguardando laudo técnico e depoimentos formais.
Caso Encerrado: Devido ao conjunto de circunstâncias apresentadas e aos fenômenos carentes de explicações racionais, o caso foi encerrado:
- Sem conclusão oficial.
⨷ E como em todos os verdadeiros mistérios, o silêncio prevaleceu:
- A história foi esquecida.
- Apenas uma longa lista de desaparecidos, ou melhor... escondida.
- Mais três nomes na lista.
- Outra história que ninguém quer contar.
- Outra verdade escondida atrás de portas escuras.
📝 Esta é uma história fictícia, mas é uma forma de chamar a atenção para a não ficção, pois se considerarmos o número de desaparecidos no Brasil, e no mundo, infelizmente, a lista só cresce!
🙋♂️ Apenas um lembrete:
![]() |
| Não é porque você não acredita, quer dizer que não existe! 👻 |
É isso aí, Meckianos!👍



















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