▶️Quero lembrar que aqui no blog não tem como postar vídeos, apenas Gifs e fotos. Lembre-se também de que às vezes os Gifs podem demorar um pouco para abrir.
👨💻 A série Tremembé, lançada pela Prime Video, mergulha no cotidiano do Presídio II de Tremembé, onde alguns dos criminosos mais notórios do Brasil cumprem pena. Dirigida por Vera Egito e baseada nos livros de Ulisses Campbell, a produção mescla drama e jornalismo investigativo, retratando figuras como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Roger Abdelmassih e outros nomes que marcaram tragicamente a história criminal do país.
Mas onde termina o entretenimento? E onde começa a insensibilidade?
A série foi elogiada por sua produção, elenco e narrativa envolvente. No entanto, existe uma tênue linha entre contar uma história e glorificar seus protagonistas. Quando criminosos que cometeram atos brutais são retratados com profundidade emocional, carisma e até beleza, corre-se o risco de apagar a dor das vítimas e de suas famílias.
O silêncio das Vítimas:
É impossível assistir a esse tipo de produção sem lembrar das vidas ceifadas. Dos pais assassinados, das mulheres violentadas, dos inocentes que jamais terão uma segunda chance. Enquanto os condenados ganham espaço, voz e até fãs, as vítimas permanecem em silêncio, muitas vezes esquecidas.
Justiça ou Espetáculo?
A sociedade tem o direito de conhecer sua história, incluindo seus capítulos mais sombrios. Mas também tem o dever de respeitar a dor alheia. O entretenimento não pode sobrepor à empatia. O direito ao recomeço dos condenados não deve eclipsar o direito à memória das vítimas.
Entre o espetáculo e a realidade, entre a audiência e a dor, existe um espaço que raramente é ocupado: o da consciência.
Quando histórias de crimes ganham luz, roteiro e trilha sonora, é preciso lembrar que, fora da tela, existem vidas interrompidas, famílias enlutadas e feridas que não cicatrizam.
As perguntas que precisam ser feitas são estas:
- Você realmente acredita que o entretenimento pode coexistir com o respeito à dor das vítimas?
- Até que ponto é possível contar essas histórias sem ferir ainda mais aqueles que sofreram ou ainda sofrem?
🙋♂️ Essa matéria não é um ataque à arte, mas um apelo à consciência. Que possamos consumir conteúdo com senso crítico, lembrando que por trás de cada "personagem" existe uma história real, marcada por sofrimento, perda e injustiça.
Talvez, se produções como Tremembé incluíssem imagens, mesmo que simbólicas ou documentais, que mostrassem o impacto real dos crimes sobre as vítimas, o público pensaria duas vezes antes de romantizar ou idolatrar atos cruéis.
Não se trata de chocar, mas de lembrar. Lembrar que cada cena encenada representa uma dor que existiu de verdade, e que ainda pulsa em quem ficou.
🪧 Veja também:
- Coletânea de artigos do blog Meck's World, relacionados à série do blog que retrata Monstros Humanos. Link abaixo:
É isso aí, Meckianos!👍






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