▶️Quero lembrar que aqui no blog não tem como postar vídeos, apenas Gifs e fotos. Lembre-se também de que às vezes os Gifs podem demorar um pouco para abrir.
Era por volta das 2h40.
Eu ali, na janela da lavanderia, como quem espia o mundo enquanto ele cochila… e vejo.
Um homem. Parado no meio da rua. Sozinho.
Não andava, não corria, não se escondia. Só estava lá.
No meio de tudo… e talvez fora de si.
Durante o dia, aquela rua é agitada, caótica, viva.
Na madrugada? Quase deserta.
Mas ele permanecia ali, entre uma faixa de pedestres e um semáforo que piscava pra ninguém.
Meu primeiro sentimento? Preocupação.
Não por medo… mas por ver alguém tão exposto ao imprevisível.
E então, surgiu um ônibus.
Ele diminuiu a velocidade, freou devagar, como se entendesse que uma alma ferida não deve ser empurrada, mas sim respeitada.
O homem não saiu. Mas o motorista não forçou.
Houve paciência. Houve cuidado. Houve o tipo de humanidade que não faz barulho.
Ele acabou saindo da frente, quase se machucando na lateral do ônibus.
Mas ainda assim, continuou ali.
Então fui até a sacada. Comecei a filmar.
Desta vez, ele se afastou para que os carros pudessem passar.
Até que… sentou. Na calçada. Em silêncio.
E o mundo voltou a girar…
Mas eu fiquei ali, parado.
Porque às vezes, é no gesto mais estranho que a gente enxerga a parte mais esquecida da cidade, e de nós mesmos.
Talvez ele não lembrasse quem era.
Talvez ninguém mais lembrasse.
Mas eu vi. E por isso, escrevi.
Nem todo mundo que para no meio da rua está perdido.
Às vezes… só quer ser visto por alguém.
É isso aí, Meckianos!👍
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