domingo, 28 de abril de 2024

Crimes da Rua do Arvoredo... (Monstros Humanos)

▶️Quero lembrar que aqui no blog não há como postar vídeos, apenas Gifs e fotos. Lembre-se também de que às vezes os Gifs podem demorar um pouco para abrir.


Uma história de crimes cometidos pelo casal José Ramos e Catarina Palse em meados de 1863, e segundo o que muitos dizem, além das mortes há supostos atos de canibalismo.

A história:

José Ramos (filho mais velho) desde muito pequeno gostava de ouvir histórias do pai Manoel Ramos sobre decapitações realizadas pela divisão a que pertencia durante a Revolução Farroupilha (1835 a 1845), pois seu pai fazia parte da cavalaria de Bento Gonçalves, mas era um desertor que se refugiou no estado de Santa Catarina (Brasil).

O primeiro crime de José Ramos foi o assassinato de seu pai, pois ele defendeu sua mãe Maria da Conceição que estava sendo agredida sexualmente e fisicamente pelo marido bêbado, então José Ramos esfaqueou seu pai.

Depois José Ramos mudou-se para o estado do Rio Grande do Sul na capital e cidade de Porto Alegre (na época chamada Província de São Pedro), e foi morar na Rua do Arvoredo número 707. Em Porto Alegre ele se tornou um enérgico inspetor de polícia. 


Certa noite, num evento da elite na cidade de Porto Alegrense, José Ramos conheceu uma húngara chamada Catarina Palse que veio se refugiar no Brasil devido à grande pobreza que assolava seu país; Tanto José como Catarina apaixonaram-se e começaram a namorar.

José Ramos perdeu o cargo de inspetor de polícia ao tentar degolar um famoso ladrão, mas continuou como informante e sendo subordinado direto do Chefe de Polícia, o delegado Dário Callado.

Agora o casal José Ramos e Catarina Palse roubava e matava estrangeiros seduzidos por Catarina em bares de diversão noturna. Catarina levava os homens para a casa da Rua do Alvoredo, e ali eram realizados latrocínios (roubo seguido de morte); Pelo que entendi, o dono da casa onde morava o casal era um açougueiro chamado Carlos Claussner, que também ajudava nos crimes desmembrando as vítimas e separando a carne dos ossos. Até hoje é falado que Carlos Claussner usava carne humana para fazer as linguiças que eram vendidas no seu açougue e que eles consumiam também as linguiças, mas de acordo meu entendimento, na investigação policial não existe citações sobre linguiças com carne humana, mas também pode ser porque em todo o processo desse caso, tem muitas páginas importantes faltando.


No mês de agosto de 1863, o açougueiro Carlos Claussner quis fugir para o Uruguai, pois percebeu que os desaparecimentos de pessoas estavam repercutindo cada vez mais, mas não foi longe, pois o casal José Ramos e Catarina Palse também deram um fim na vida do açougueiro, e assim o casal ficou com todos os seus bens materiais. O corpo de Carlos Claussner foi enterrado no porão do açougue.

Um ano depois (1864) o caixeiro-viajante de 14 anos chamado José Ignacio de Souza Ávila e o comerciante português Januário Martins Ramos da Silva desapareceram, então a polícia começou a investigar e souberam que na noite anterior ao desaparecimento dos dois, eles estavam conversando com José Ramos na casa da Rua Arvoredo.


O delegado responsável pela investigação chamou o casal José Ramos e Catarina Palse para esclarecimentos, mas o delegado não sentiu firmeza no depoimento do casal, e resolveu no dia seguinte investigar a casa da Rua do Arvoredo, e no local foi observado vários indícios de crimes cometido lá. 

Em 1864, Catarina, que já estava presa, confessou todos os crimes e foi condenada a 13 anos de prisão e trabalhos forçados, e José Ramos foi condenado à morte por enforcamento, mas esta pena foi alterada para prisão perpétua, porque Dom Pedro II era contra a pena de morte.


No dia 6 de maio de 1891, Catarina Palse foi libertada após cumprir a pena; José Ramos morreu em 1893, na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, e nunca admitiu seus crimes, morreu negando. Contudo há quem diga que José Ramos foi libertado depois de alguns anos de prisão, pois foi reconhecido por algumas pessoas quando caminhava pelas ruas.

Esses crimes tiveram grande repercussão internacional, até mesmo Charles Darwin fez uma referência em seu caderno onde escreveu: "há chacais dormindo em cada homem".

✳️Observação:

Segundo o que eu entendi, em todo o processo são 3 mortes, mas tem quem diz  e afirma que foram de 7 a 10 mortes. 

Livros:
👉 Curiosidade:

No ano de 1870, por uma resolução municipal, a denominada Rua do Arvoredo passou a ser chamada de rua Coronel Fernando Machado.


Fonte: Google News - AH - Microsoft - Newspaper & Magazine - AMD -  Repositório Digital - Abril - Jusbrasil - Google Maps

É isso aí pessoal!👍

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