Nesta matéria colocarei alguns trechos do conto de Edgar Allan Poe chamado "Sombra" ("Shadow") publicado em 1835.
O conto apresenta sete companheiros reunidos velando o corpo de amigo que morreu devido à peste. O local onde velavam o corpo era bastante sinistro e isso os fez sentir e ver a presença de uma sombra.
Abaixo alguns trechos:
"Você que me lê ainda está entre os vivos; mas eu, que escrevo, há muito terei ido para o mundo das sombras. De fato, coisas estranhas virão, inúmeras coisas secretas serão reveladas e muitos séculos se passarão antes que essas notas sejam lidas pelos homens. E quando as lerem, alguns não acreditarão, outros colocarão suas dúvidas, e muito poucos deles encontrarão material para meditações frutíferas nos caracteres que gravei com um estilete de ferro nessas tábuas." [...]
"... Uma noite éramos sete nos fundos de um palácio nobre, em uma cidade sombria chamada Ptolemais, sentados ao redor de algumas garrafas de vinho roxo de Quios. O compartimento não tinha outra entrada senão uma alta porta de bronze; e a porta havia sido moldada pelo artesão Corinos e, produto de habilidosa mão de obra, fechada por dentro. Da mesma forma, tapeçarias negras protegiam esse compartimento melancólico, que nos poupava a visão da lua, das estrelas sombrias e das ruas despovoadas. Mas o sentimento e a memória do Flagelo não foram embora facilmente. Havia coisas ao nosso redor, perto de nós, que não consigo definir claramente, coisas materiais e coisas espirituais - um peso na atmosfera..." [...]
"... Mas eis que das profundezas dessas tapeçarias negras onde morria o eco da canção, surgiu uma sombra, escura, indefinida - uma sombra semelhante àquela que a lua, quando está baixa no céu, pode desenhar com as formas de um corpo humano; mas não era a sombra de um homem, ou de um deus, ou de qualquer ser conhecido." [...]
"...Mas nós, os sete companheiros, tendo visto a sombra sair das cortinas, não ousamos olhá-la de frente; abaixamos os olhos e sempre olhávamos nas profundezas do espelho de ébano." [...] "...arrisquei-me a proferir algumas palavras em voz baixa e pedi à sombra seu endereço e nome. E a sombra respondeu:
"Eu sou a Sombra, e minha morada fica ao lado das Catacumbas de Ptolemaida, e bem perto daquelas planícies: infernais que cercam o impuro canal de Caronte." [...]
"...O timbre da voz da Sombra não era o timbre da voz de um único indivíduo, mas de uma multidão de seres; e aquela voz, variando suas inflexões de sílaba a sílaba, encheu nossos ouvidos confusamente, imitando os timbres familiares e familiares de milhares de amigos desaparecidos!"
▶️ Pessoal, esse conto é muito grande, então, se vocês quiserem ler o conto na íntegra e em português, vou colocar abaixo o link.
Fonte: Google News - Wikipedia - Tradutor Google - Newspaper & Magazine
👉Minhas considerações:
Entrando no universo do conto, na época a peste (morte) ceifava milhares de vidas; então a visão que os sete companheiros tiveram foi de morte, significando que ali a morte veio buscar um ou mais deles.
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É isso aí pessoal!👍
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