Este é um relato que me foi enviado por e-mail; portanto os nomes e locais não serão identificados respeitando a privacidade de quem me enviou, portanto os nomes e locais serão fictícios
O relato:
Meu nome é João, quando eu tinha 13 anos, eu e meus pais (Antenor e Ligia) fomos morar em uma fazenda que meu pai comprou no interior do estado de São Paulo (Brasil), isso aconteceu na década de 1970.
Assim que chegamos no sítio ficamos encantados com a beleza de toda a natureza majestosa ali presente, mas o que mais me chamou a atenção foi uma pequena capela construída no local, além da casa, que era pequena mas linda.
Com o passar dos dias e já conhecendo nosso novo lar, posso dizer que felicidade era pouco a dizer sobre o que meus pais e eu sentíamos vivendo ali.
Mas como nem tudo são flores, vi um padre e uma senhora saindo da capela, e isso aconteceu muitas vezes, contei para meus pais, mas eles não acreditaram e disseram que era tudo coisa da minha cabeça, porque sempre tive uma imaginação muito fértil. Então comecei a evitar chegar perto da capela, porque tinha medo.
Uma noite, véspera de Sexta-Feira Santa, estávamos jantando, e de repente começaram barulhos como se estivessem arrastando móveis, conversas que não dava para identificar o que se falava, meu pai saiu correndo de casa para ver o que estava acontecendo, ele vasculhou a fazenda toda, e até foi até a capela, mas não havia nada nem ninguém, e os barulhos pararam e as vozes também. Posso dizer que foi assustador, mas deixamos isso de lado e fomos dormir.
No dia seguinte era Sexta-Feira Santa, levantamos cedo, tomamos café da manhã, ninguém comentou o que havia acontecido, e então nos arrumamos e fomos à missa em uma cidade próxima.
Quando chegamos na igreja as pessoas nos olhavam com um ar estranho, nos sentíamos como se não fôssemos deste mundo, mas ficamos na igreja, assistimos a missa e depois voltamos para a casa.
No mesmo dia, passava das seis horas da tarde quando chegou um carro, era o padre que tinha rezado missa na cidade, e ele disse que queria falar com meus pais, então fui contar aos meus pais, mas fiquei escondido para poder ouvir toda a conversa.
E foi aí que entendi por que vi um padre e uma mulher saindo da capela nos dias que antecederam a Sexta-feira Santa.
O padre disse:
"Esta fazenda era da mãe de um padre, e os dois moravam aqui, e quando entrava o mês da Sexta-Feira Santa, a mãe e o padre sempre arrumavam a capela para rezar uma missa para as pessoas que outrora moravam nas proximidades da fazenda, e isso durou muitos e muitos anos.
Infelizmente, houve uma seca que obrigou todos a deixarem suas propriedades, mas o padre e sua mãe ficaram e não perderam um ano preparando a capela para celebrar a missa da Sexta-Feira Santa, mesmo que fosse só para os dois.
E que após a morte do padre, sua mãe morreu dias depois de desgosto; o local foi vendido várias vezes, pois todos os moradores anteriores viram o padre e sua mãe, e ouviram barulhos e vozes na capela, e até luz de velas, e com medo, todos que moravam no local, um tempo depois, colocavam à venda.".
Mas o padre deixou bem claro que não havia perigo, que não havia nada a temer, porque tanto a mãe quanto o padre que aparecem no mês da Sexta-Feira Santa eram pessoas boas que só faziam o bem, e ele acreditava que com tempo de tempo tudo isso iria parar.
Assim que o padre saiu, meus pais conversaram e aí eles vieram e me explicaram tudo, e me perguntaram se eu aguentava passar por isso, porque senão eles vendiam a fazenda e a gente ia morar em outro lugar.
Respondi que não queria mudar, mas que me afastaria da capela porque tinha medo; e assim ficamos na fazenda.
Com o passar do tempo, meu pai reformou a capela, minha mãe pediu ao padre que rezasse uma missa, e depois disso, no ano seguinte não houve mais aparições nem barulhos.
Meus pais mantêm a capela sempre enfeitada com flores, e ainda moram na fazenda com meus dois irmãos que nasceram anos depois.
👉 Quero agradecer ao João que me enviou este relato incrível e bem interessante.
É isso aí pessoal!👍
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