Esta matéria é um relato que recebi, portanto nomes serão fictícios, pois a pessoa me pediu para preservar sua identidade.
O relato:
Na década dos anos 70, eu tinha 8 anos, morava em uma grande casa meus pais e meus avós maternos, na cidade de São Paulo (Brasil).
Lembro-me de como éramos felizes e de quanto amor havia na família; Lembro também que em casa sempre havia festas, fossem aniversários ou qualquer outra data comemorativa, o negócio era comemorar, pois meu pai adorava receber amigos e familiares.
Eu era muito apegada a minha avó, ela sempre me contava histórias e cantava para eu dormir, e também sempre me dava atenção e estava disposta a brincar comigo; Nunca vou esquecer uma frase que ela sempre me dizia: "Meu pequeno príncipe Carlinhos, eu nunca vou deixar de te amar". Nossa, que saudade dela!
Certa manhã, minha mãe sentiu falta da minha avó, porque ela sempre era a primeira a se levantar, então ela foi até o quarto onde meus avós dormiam, e viu que meu avô já havia saído para caminhar, mas minha avó ainda estava deitada, e ela perguntou se ela tinha algum problema, e minha avó respondeu que sentia um certo desconforto; então minha mãe ligou para meu pai e eles a levaram para o hospital.
Como eu estava de férias, acordei mais tarde, e me assustei por estar em casa apenas com os funcionários, mas logo eles me deixaram tranquilo, dizendo que minha avó tinha que fazer alguns exames, e todos resolveram acompanhá-la.
Mais tarde naquele mesmo dia, minha mãe chegou em casa e disse que minha avó ia ficar no hospital para fazer alguns exames, mas que minha tia Clarice (irmã de meu pai) vinha de viagem para ficar comigo; Lembro-me de chorar porque minha avó estaria longe de mim pela primeira vez, mas minha mãe com lágrimas nos olhos me colocou no colo, me abraçou e disse: "Carlinhos, um dia todos nós vamos ter que descansar, e Deus sabe a hora certa para isso, e assim, ele manda seus anjos vir buscar; agora vamos esperar o melhor para a vovó!".
Durante três dias, meus pais e meu avô só iam para casa tomar banho, comer, descansar algumas horas e voltar para o hospital; minha tia Clarice se esforçou muito para me deixar bem, mas todas as noites eu chorava pela ausência da minha querida avó.
No quarto dia, a noite quando eu já estava dormindo, acordei com minha avó passando a mão no meu cabelo e cantando uma música que ela sempre cantava para mim; então eu disse: "Vovó, a senhora voltou!? E ela me disse: "Meu pequeno príncipe Carlinhos, eu sempre vou te amar e cuidar de você, mas não, eu não quero que você me veja, eu só quero que você se lembre de mim assim, bem ao seu lado." Acho que adormeci de novo depois disso.
No dia seguinte bem cedo, meus pais e meu avô estavam em casa, e eu perguntei onde estava a vovó, pois já tinha ido no quarto dela e ela não estava, e minha mãe com os olhos vermelhos (deve ter chorado muito) disse me que os anjos vieram buscá-la, e que ela estaria sempre presente em nossos corações.
E eu, triste e chorando, disse a minha mãe que minha avó tinha estado no meu quarto na noite anterior, e que ela cantou, e que ela acariciou meus cabelos, e que ela me contou tudo o que eu descrevi anteriormente.
Minha mãe, muito emocionada, disse que eu não me despediria da vovó do jeito que ela estava naquele momento, pois eu deveria sempre me lembrar de como sempre foi e que ela sempre estaria presente em minha vida, com suas canções, histórias e carícias. para eu dormir.
E assim foi, toda a minha vida, e ainda hoje sinto que a minha avó vem cuidar de mim para eu adormecer.
👉 Agradeço ao Carlinhos por este relato incrível e comovente.
▶️ Se alguém tiver interesse em me escrever, me enviar um relato, uma lenda ou imagens interessantes, basta enviar para o meu e-mail:
meckworld@gmail.com
É isso aí pessoal!👍
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