Esta matéria trata de uma lenda brasileira de origem indígena (tupi-guarani), citada em texto do Padre Jesuíta José de Anchieta no século XVI, a partir de relatos dos índios.
A lenda:
Depois de um grande dilúvio e muitas noites intermináveis de escuridão, muitos animais morreram.
E numa certa noite, uma gigantesca cobra que dormia em um grande tronco de árvore acordou com muita fome, ela se deparou com olhos brilhantes de animais mortos que flutuavam nas águas dos rios e com muita fome ela comeu todos os olhos.
A partir desse momento, a gigantesca cobra sofreu mutação, pois passou a ter muitos olhos brilhantes como o fogo e seu corpo passou a ter chamas, e assim, tornou-se o Boitatá.
Diz-se que a gigantesca cobra de fogo se tornou uma espécie de protetora da mata, e expulsa os agressores da natureza com seus muitos olhos brilhantes e com chamas de fogo expelidas de seu corpo. Ela atrai os invasores com uma bola de fogo e depois os hipnotiza com seus olhos brilhantes e os queima com labaredas de fogo.
O nome Boitatá:
O nome dessa gigantesca cobra de fogo varia entre as regiões do país (Brasil), mas o termo mais usado é Boitatá, que é a combinação das palavras boi e tatá em tupi, que significa cobra e fogo.
Citação do Padre Jesuíta José de Anchieta:
"Há também outros (fantasmas), máxime nas praias, que vivem a maior parte do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados baetatá, que quer dizer coisa de fogo, o que é o mesmo como se se dissesse o que é todo de fogo. Não se vê outra coisa senão um facho cintilante correndo para ali; acomete rapidamente os índios e mata-os, como os curupiras; o que seja isto, ainda não se sabe com certeza." (Registro no ano de 1560)
Mudanças nas regiões:
Assim como o nome, a lenda também sofre mudanças nas diversas regiões do país, mas a característica de uma gigantesca cobra de fogo permanece a mesma.
Fonte: Livros físicos - Google - Wikipédia - YouTube
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