Nesta matéria, coloco aqui um trecho de um poema do escritor brasileiro Caio Fernando Abreu, que acho interessante, pois demonstra como muitas vezes tomamos para nós situações que são retratadas em filmes.
Espero que entendam o que estou tentando dizer, e que gostem dessa reflexão para nossos momentos de dias não tão bons, mas que são fugazes!
"Fechei a porta, encostei a parte de cima da cabeça contra ela. Só nos filmes as pessoas fazem isso, nunca vi ninguém fazer de verdade. Comecei a fazer para ver se sentia o que as pessoas sentem nos filmes; pessoas sempre sentem coisas nos filmes, nos bares, nas esquinas, nas músicas, nas histórias. Nas vidas acho que também, só que não se dão conta. Depois percebi que aquela dor que sobe ali do olho esquerdo pela testa diminuía um pouco assim, então fui me virando até apertar o lado esquerdo da cabeça, justamente onde doía, contra a porta fechada. A dor doía menos assim, embora não fosse exatamente uma dor. Mais um peso, um calafrio. Uma memória, uma vergonha, uma culpa, um arrependimento em que não se pode dar jeito."
É isso aí pessoal! 👍
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