quarta-feira, 29 de abril de 2020

O intrigante Incidente do Passo Dyatlov...

No ano de 1959, nove alpinistas soviéticos foram encontrados mortos entre os dia 1 e 2 de fevereiro na montanha Kholat Syakhl, ao norte dos Montes Urais (antiga União Soviética).

Este foi um caso cercado de mistério e até nos dias atuais ainda não se sabe ao certo o que realmente aconteceu, mas exitem diversas teorias a respeito.


O começo:

Dez estudantes e graduados do Instituto Politécnico de Ural
(hoje: Universidade Técnica do Estado de Ural), se organizaram para uma jornada através das geladas montanhas Soviéticas com o objetivo de alcançar uma montanha de 1.200 metros de altura denominada Gora Otorten (na língua indígena local significa "Montanha com ventos redemoinhos"), que na época era classificada como uma difícil tarefa de se fazer.

O grupo era composto por duas mulheres: Zinaida Kolmogorova (22 anos), Ljudmila Dubinina (23 anos), e oito homens: Igor Dyatlov (23 anos), Alexander Kolevatov (24 anos),Yuri Yudin (21 anos), Rustem Slobodin (23 anos), Yuri Krivonischenko (24 anos), Yuri Doroshenko (21 anos), Nikolai Thibeaux-Brignolles (23 anos) e Alekseevich Zolotaryov (38 anos). Todos os integrantes deste grupo eram experientes em escaladas e tinham resistência para percorrem grandes distâncias.


No dia 23 de janeiro de 1959, o grupo se reuniu na cidade de Yekaterinburg (antiga União Soviética), e como líder do grupo estava Igor Dyatlov. A partir deste dia começou a jornada; onde o grupo pegou um trem na cidade de Ívdel, e após dois dias chegou ao norte dos Montes Uraise.

Yuri Yudin, um integrante do grupo ficou doente com problema no nervo ciático, e não pôde seguir com seus companheiros nesta expedição; isto aconteceu no dia 28 de janeiro. Ele foi o único sobrevivente deste grupo.

Falta de notícias e pedido de salvamento:

O grupo teria que ter voltado para a vila de Vizhai no de 12 de fevereiro e informar o Instituto e seus familiares, e isto não ocorreu, porém foi até aceitável, pois, é considerado normal em uma escalada deste nível atrasos.

Quando foi no dia 20 de fevereiro e ainda não havia tido nenhum contado do grupo, familiares solicitaram ou Instituto que fossem enviadas equipes de busca e salvamento. E assim foi organizado uma equipe de voluntários que partiram atrás do grupo desaparecido; depois autoridades policiais e o exército se juntaram à procura.


No dia 26 de fevereiro foi localizado o local onde o grupo acampou e se surpreenderam ao verem o acampamento abandonado, a barraca rasgada, pegadas na neve indicando que o grupo foi em direção de uma floresta e lá encontraram dois corpos  que não estavam calçados e que usavam apenas roupas íntimas, mais a frente próximo de um pinheiro localizaram mais três corpos que indicava devido a posição, que eles tinham a intenção de voltar ao acampamento; e só depois de dois meses, no dia 4 de maio que conseguiram achar os outros quatro corpos, pois, eles se encontravam em um barranco abaixo de quatro metros de neve.

Todos os corpos estavam descalços.

Mortes brutais:

Alguns dos corpos foram encontrados com evidências de brutalidades, sendo: três tiveram fraturas cranianas e dois apresentavam grandes fraturas torácicas e uma das mulheres estava sem a língua e a outra teve uma grande contusão na lateral do corpo, que indicava que sofreu uma enorme bancada.

Anotações em um diário e câmeras:

A trajetória do grupo pôde ser identificada através de um diário e câmeras que o grupo fazia para registrar a aventura. E foi por este motivo que conseguiram rastrear por onde eles passaram.

Trajetória:

No dia 1 de fevereiro o grupo montou um acampamento na encosta leste da montanha Kholat Syakhl,(significa Montanha Morta na língua indígena da etnia Mansi), possivelmente ficaram por ali devido ao brutal frio que seria por volta de -36ºC.


Hipóteses e teorias das mortes:

- Ataque de animal selvagem; foi descartado, pois não havia indicação de feridas externas (tipo arranhados fatais)

- Agressão pela tribo indígena Mansi, após muitos contratempos, agressões físicas, calúnias, torturas e até prisões, foi descartado esta teoria, pois, não havia indícios de brigas de corpo a corpo.
- Avalanche poderia ter pego de surpresa o acampamento, mas foi descartado, pois, no local nada indicava que isto teria acontecido. 
(teoria popular na época).

- Yeti ou Abominável Homem das Neves atacou o acampamento 
(criatura estilo primata com força incomum), esta hipótese é descartada por não haver ferimentos externos.

- Esferas voadoras brilhantes na região das mortes; relatos de militares e meteorologistas de acordo com Lev Ivanov (Chefe da investigação) foram avistadas entre os meses de fevereiro e março do ano de 1959. Não houve comprovação.

- "Tempestade perfeita", que seria um 'minitornado' muito violento que produziu um ruído alto e estrondoso denominado infrassons , em consequência poderia gerar entre outras coisas pânico e assim pelo frio e na escuridão, o grupo foi levado à loucura e à morte. 
(2013 - produtor de cinema e televisão americano Donnie Eichar).

- Foi suposto que naquela região há um local de experiências científicas e algo foi descoberto pelo grupo sem querer e aí aconteceu toda esta tragédia. Não foi comprovado.

Qual a causa da morte? :

O caso foi encerrado como  hipotermia e congelamento,pois, os investigadores concluíram que não houve crime, porque não há evidências concretas. 

Diante de tantas especulações o caso foi reaberto, e agora é esperar para ver o resultado.

Túmulo do grupo na cidade de Ecaterimburgo (Rússia)

Minhas considerações:

É um dos casos mais enigmáticos existente na história, pois, nove pessoas morreram brutalmente, e tudo leva a crer que houve desespero e tentativa de fuga do local.

O ideal seria exumar os corpos e colocar um grupo de investigadores internacionais sem ligação local para ver o que realmente aconteceu.

Fonte: Documentário History

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