Naiá sabia que a deusa Jaci (Lua) quando despontava nas noites iluminava os rostos das índias que eram escolhidas para serem levadas ao céu para tornarem estrelas.
Os anciões da tribo alertavam Naiá para ela tomar cuidado com o que desejava, porque quando uma índia era escolhida, seu corpo terrestre deixava de existir e se transformava em energia (luz) e ficaria no céu para a eternidade, mas Naiá não dava ouvidos, pois, era o que ela mais desejava.
Todas as noites Naiá saia a procura pela deusa Jaci e andava por todos os lados na esperança de seu rosto ser iluminado e assim ser escolhida, mas nada acontecia, e ela estava cada vez mais obcecada.
De tanto andar e ficar correndo atrás de se tornar uma estrela, Naiá não se alimentava direito e começou a ficar doente e bem debilitada, nem o pajé da tribo conseguia que ela melhorasse.
Uma certa noite Naiá, saiu atrás de seu sonho, mas por não estar bem de saúde ela parou a beira de um lago para descansar, e nesse momento ela viu o reflexo da deusa Jaci nas água. Naiá ficou tão surpresa que não pensou duas vezes e mergulhou nas água profundas do lago, e assim ela se afogou.
A deusa Jaci percebendo o quanto Naiá se esforçou para ser uma das escolhidas por ela, que resolveu transformar-lá não em uma estrela brilhante no céu, mas em uma bela e diferente planta que ao anoitecer as flores brancas se abrem espalhando seu perfume, e ao nascer do sol as flores ficam rosadas.
E assim nasceu a vitória-régia.
❈ Vitória-régia, é uma planta aquática símbolo da Amazônia; esta é uma lenda indígena que surgiu da tribo tupi-guarani, no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário