sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

As bruxas de Salem...

No século XVII em Massachusetts (EUA) entre os anos de 1692 e 1693 diversas pessoas foram acusadas de bruxarias, sendo que catorze mulheres e cinco homens morreram por enforcamento no período da América do Norte colonial devido ao extremismo religioso.


Tudo começou na cidade de Salem, quando a filha (Elizabeth Parris - nove anos) e sobrinha (Abigail Williams - onze anos)  do pastor local  Samuel Parris, apresentaram quadro de febre, convulsão, alucinações.

A família preocupada chamou o médico e depois de exames realizados nas garotas, ele notou que as meninas estavam tomando remédios feitos em casa, então aí veio a bomba "isso é obra do diabo", coisa de bruxaria.

Essa notícia se espalhou rapidamente e as pessoas fanáticas religiosas ficaram com medo, e isso fez com que as meninas fossem pressionadas pelos líderes religiosos, e para não serem acusadas de bruxas, elas acusaram três mulheres Tituba (serviçal do Parris), Sarah Good (uma andarilha), e Sarah Osborne (uma senhora idosa e pobre).

E assim, em Salem criaram uma corte que julgaria as pessoas que foram indicadas como bruxas.


A primeira a ser levada à corte, foi a serviçal Tituba, com a acusação de contar histórias de bruxas para as meninas e pelo remédios caseiros; então, para se livrar das acusações Tituba disse que um homem (diabo) a procurou e disse o que ela tinha que fazer, para se livrar da acusação de bruxaria, ela acabou apontando alguns nomes tanto de mulheres como de homens. Ela se livrou sendo vendida e foi embora da cidade.

E aí a coisa foi de mal a pior, pois, começava um onda de caça às bruxas, com crueldades e insanidades devido a extremismo religioso.

Bridgte Bishop, foi a primeira a ser condenada por bruxaria e assassinada na forca, isso porque ela não era associável com os seus vizinhos.

Com o decorrer dos meses, inúmeras pessoas foram presas e acusadas de bruxaria, e cada dia que passava só aumentava, até uma criança de quatro anos chegou a ser presa.

Esse absurdo só teve um fim quando o governador William Phipps acatou uma solicitação de  Increase Mather que na ocasião era o presidente da Universidade Harvard (Harvard College), que denunciava todo o ocorrido com o uso de testemunhos especulativos (evidências através de sonhos e visões). Isso deve ter sido um alívio para o governador William Phipps, pois, até sua esposa estava também sendo indiciada por bruxaria.


Os dizeres de Increase Mather: "É preferível deixar escapar dez pessoas suspeitas de bruxaria do que condenar uma pessoa inocente".

No dia 29 de outubro de 1693 todos os julgamentos tiveram  fim.

O resultado desse fanatismo, extremismo, e fundamentalismo religioso foi:

- 200 pessoas acusadas

- 14 mulheres enforcadas (assassinadas)

- 5 homens enforcados (assassinados)

- diversas pessoas morreram na prisão (considerado assassinatos)

- 1 homem foi apedrejado (assassinado)

Em um documentário que assisti, é também considerado que após condenações e mortes, a ganância falou alto e aí haviam pessoas de posses, que também foram condenadas por bruxaria para que todos seus bens fossem tomados.

No ano de 1711, as famílias das vítimas receberam indenizações; o valor foi de 600 libras.

Após 250 anos destes absurdos de caráter fundado em fanatismo religioso, o estado de Massachusetts se desculpou formalmente no ano de 1957.

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