domingo, 12 de janeiro de 2020

Marie Laveau, a Rainha do Vodu...

No dia 10 de setembro de 1794, na cidade de Nova Orleans (EUA) nascia uma menina denominada Marie Laveau, que deixaria para sempre seu nome marcado na história.


A vida de Marie Laveau é cheia de suposições e mistérios, mas é acreditado que ela herdou o dom do vodu de sua mãe (uma escrava liberta) e de sua avó; já na adolescência era praticante dessa religião, mas que também havia uma mistura que ia desde a crença do catolicismo com cerimônias de outros conceitos religiosos.

No dia 4 de agosto de 1819 quando tinha 18 anos, Marie se casou com Jacques Paris (negro liberto), mas o casamento não durou muito, pois, ele desapareceu misteriosamente e depois de um ano foi dado como morto e ela passou a ser chamada de viúva Paris, e se tornou cabeleireira.

Devido ao seu incrível dom místico, Marie era considerada uma sacerdotisa do vodu, era  muito respeitada e muito procurada, inclusive pela elite da cidade de Nova Orleans, que ia até sua casa à procura de uma resolução para seus problemas.

Marie Laveau, via o futuro das pessoas através das cartas, fazia medicamentos com mistura de folhas e ervas, e também realizava trabalhos de enriquecimento e abortos de gravidez indesejadas.

Aos domingos a tarde em uma praça ao redor da cidade, ela comandava uma cerimônia de purificação de pessoas com trabalhos vodu, envolvendo sangue de animais que eram abatidos em sacrifícios.

Ela tinha um lado muito humano, pois, não se recusava a ajudar as pessoas que batessem em sua porta atrás de comida e até mesmo de abrigo; e procurava ajudar também os condenados à pena de morte, com conselhos e reflexões dos erros cometidos.

As pessoas as descreviam como uma mulata alta e muito bonita, que usava turbante colorido e brincos grandes e quando andava pelas ruas parecia ser a dona. Ela era muito respeitada e também muito temida, mas sempre admirada, e por isso foi imortalizada como a Rainha do Vodu.

Marie morreu no dia 15 de junho de 1881 aos 86 anos; de acordo com o jornal New Orleans Times-Picayune, ela faleceu com um sorriso no rosto e foi enterrada no túmulo da família às 17H00 (PM), no cemitério de St. Louis. Seu funeral foi acompanhado por uma multidão de pessoas, inclusive com a presença de diversas pessoas da elite.


Depois de sua morte foi relatado por diversas pessoas que ela foi vista andando pela cidade.

Curiosidades:

- Depois de ficar viúva, ela foi amante de Luis Christopher Duminy de Glapion, com quem viveu até o falecimento dele no ano de 1835 e eles tiveram sete filhos, mas segundo é suposto, Marie Laveau em sua vida teve um total de quinze filhos, mas apenas uma menina viveu até a fase adulta.

- Dizem que sua filha seguiu o legado de sua mãe com cerimônias de vodu nos pântanos, mas que um certo dia morreu afogada nas águas pantanosas.

- O túmulo de Marie é muito visitado por pessoas que querem conseguir algum desejo; então essas pessoas escrevem no túmulo XXX e dão voltas ao redor do túmulo falando o que querem, e dizem que seus desejos são realizados.

- Marie Laveau era muito admirada e quando faleceu, os jornais só diziam coisas boas sobre ela, e uma das coisas escritas por um dos jornais foi: "mulher de grande beleza, intelecto e carisma, que também era piedosa, caridosa e uma hábil curandeira de ervas".

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